sábado, 29 de junho de 2013

POR: Jesus, O CRISTO

Correspondência
Lição 2 da Universidade do Espírito

Vós
“E Vós, Quem Dizeis Que Eu Sou?”

Mestre Ascenso Jesus Cristo

Amados Estudantes, Que Desejais Ensinar a Verdadeira Comunhão dos Santos – A carta de introdução do abençoado Kuthumi, meu irmão, descreveu-vos maravilhosamente um pouco da doçura do seu despertar para o poder de Deus, durante a sua encarnação franciscana.
Na sua instrução, ele defendeu sabiamente que sejam dados os ensinamentos da perfeição da Luz a todo o investigador sincero, mas realçou a necessidade de que todo instrutor mantenha a sua harmonia, mesmo que algumas pessoas resolvam rejeitar os ensinamentos depois de ouvi-los1. A cada um recomendou uma caminhada mais próxima com a Presença do EU SOU (o Pai) e o Santo Cristo Pessoal (o Filho) como antídoto para todos os problemas. Vejamos por que motivo é esta a melhor parte da sabedoria divina.
Lembrar-vos-eis talvez de que eu falei aos meus discípulos, dizendo: “E vós, quem dizeis que eu sou?”2. Bem, amados corações, poderíeis fazer a mesma pergunta aos vossos associados de hoje. E qual pensais que seria a resposta, ou qual gostaríeis que fosse?
Gostaríeis que vos descrevessem tão só como um tanto de energia, um tanto de peso, com determinada idade e cor de pele, com certas características, maneirismos e idiossincrasias pessoais? Ou preferiríeis que a sua descrição incluísse toda a beleza, a perfeição milenária e as dimensões emocionantes, sempre renovadas e expansivas da vossa Presença do EU SOU e seu invencível poder da vitória do Amor?

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A escolha é clara, como facilmente podeis ver; porque a Sabedoria escolhe sempre a melhor parte, onde a verdade eterna daquilo que sois, a eterna esperança daquilo que sereis e o eterno amor do Pai pelo mais puro intento da vossa alma estão em perfeita harmonia. Este vosso conceito imaculado, mantido em prol de cada um de vós, é a nossa instrução perpétua – eterna, imutável e, no entanto, cheia de indescritíveis glórias, de melodias nunca cantadas, de distâncias e extensões não delineadas, que nem mesmo os ascensos exploraram.
O amor imortal é tão profundo que, absorvidos nas suas profundezas, encontramos supremo consolo. No entanto, a alegria do eterno mistério continua a existir mesmo quando tudo é explicado, pois é assim a natureza do coração de Deus – o centro da inefável sabedoria, o altar da paz eterna. Como recipientes de tal amor, como poderia o cálice do vosso zelo deixar de transbordar no desejo de chamar toda Vida para compartilhar das bênçãos e unidade na nossa oitava – o reino do céu!
Qual será, então, a melhor maneira de um mentor do reino do céu alcançar as pessoas – especialmente quando o zelo desse mentor é muito grande, estendendo braços de amor para abraçar o mundo inteiro?*
Continuando a responder a esta questão, há um conceito que gostaria de comunicar a cada um de vós, pois se refere ao que sois realmente:
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* O meu estender de braços foi maravilhosamente retratado na magnífica estátua do Cristo Redentor, que constitui, no Rio de Janeiro, um belíssimo foco do meu amor pelos habitantes da América do Sul.

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Em cada átomo e sistema de mundos existe um foco central de grande luz. Nos sistemas solares a magnitude desta luz é facilmente observada; mas num sentido relativo, quando se lida como partes microscópicas do todo, ela pode parecer uma mera centelha da imaginação para a maioria de vós, por ser tão pequeno este foco central. No entanto, para nós continua a ser uma chama do Grande Sol Central, por muito pequena que possa parecer.
Assim é a centelha divina dentro de vós – a chama trina da Vida ardendo no altar do vosso coração. Embora só tenha cerca de um milímetro e meio de altura, ela constitui o centro solar e a fonte da Vida para o vosso corpo físico.
Ora, tudo aquilo que coalesceu na matéria em torno deste centro deveria ser um instrumento para o cumprimento do vosso plano divino, de acordo com a idéia-semente original, contida no coração da pequenina chama. Este plano da perfeição da vossa vida é para ser expandido através do mundo da matéria em anéis concêntricos de luz e cor vivos, divinamente alegres e radiantes; porque as energias da chama trina, nascidas da radiação* eterna, são o sustentáculo de toda a criação física!
Contrastando com isso, o abuso humano do poder da centelha divina manifesta-se como grosseiras condensações de egocentrismo, discórdia acumulada e características terrenas que, na realidade, se solidificam em torno da chama como densidade mental, sentimentos de ressentimento e doenças físicas.
A acumulação de discórdia no corpo e na mente subconsciente pode ser vista pelos clarividentes como nuvens sombrias aglomeradas em torno da chama central do ser, impedindo a penetração da Luz, cujos raios curadores e vivificantes dispersariam natural e rapidamente dos perturbados corações dos homens o que há de cinzento e pesado no medo e dúvida acumulados.
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* Nascidas da gloria Shekinah da Presença do EU SOU. (Veja nota 8, lição 19).

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Esta purificação acontecerá quando a teimosia humana – a relutância inteiramente humana em aceitar a mudança, de despojar-se do velho homem e revestir-se do novo homem3, e a obstinação em ignorar a voz interior do Eu Real – deixar de enlamear a pura corrente da energia de Deus, que flui incessantemente do Seu Espírito até as almas dos Seus.
Todos nós (os Mestres Ascensos) tivemos de deixar para trás essa consciência humana e visão do mundo muito antes da nossa ascensão. Demos à chama de Deus – a esse precioso foco da Sua inteligência que Ele colocou em nós e em vós – a autoridade sobre os nossos mundos individuais. Sim, amados, nós somos obedientes à chama de Deus na nossa vida; e vós podeis ser obedientes à chama de Deus na vossa vida, se decidirdes de todo o coração que assim há de ser!
Qual é, então, o rumo do viver mundano em que se empenham as massas da chamada sociedade, senão fios tecidos num tear temporal? Ano após ano, o vaivém do tempo tece fios de luz viva corrompida pelos pensamentos e sentimentos humanos. Estes retêm todos os velhos hábitos e momentuns da raça, que nunca trouxeram nem nunca trarão aos homens a sua liberdade divina, nem mesmo paz pessoal.
Amados, tão intensas têm sido as cores do pensamento e sentimento humanos e tão recoberto de poeira astral tem ficado o tecido que, embora seja pavorosa a tapeçaria tecida, as pessoas continuaram, devido à sua matriz endurecida, a tecer padrões discordantes (até mesmo a estudar as vidas dos infames), imitando tudo o que troça do céu e lhe é contrário , exteriorizando tudo o que é anticristo (‘anti’ ou contra o Eu Real) e que tem, por isso, de ser eliminado.

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O Santo Cristo Pessoal nunca pode permitir que a arte impropriamente executada pelo indivíduo seja exposta na galeria universal da arte divina – e por isso, por lei e misericórdia cósmicas, ele não tem outra solução senão entregar esses tecidos do eu inferior às chamas da misericórdia e do perdão, onde as suas formas se des-integram e os seus átomos retornam ao Coração do Grande Sol Central para serem purificados (repolarizados).
Bem, é por vezes difícil para seres não ascensos compreender como é que alguns teólogos, ao serem colocados face a face com a transparente simplicidade da Vida, que por si mesma é quase evidente, complicaram os ensinamentos do Pai e as Suas leis a ponto de criar grande temor nos corações dos homens. No entanto, isto é um fato, por melhores que tivessem sido as suas intenções.
Deus é frequentemente retratado como sendo o dispensador da vingança humana, desejando apaziguamento e sacrifício pelos muitos pecados da humanidade, sem o que Ele entregaria para sempre os homens a um futuro horrível ao qual não poderiam escapar (embora esteja escrito: “Minha é a vingança [isto é, a justiça divina]; eu retribuirei, diz o SENHOR”4). No entanto, as escrituras que estes teólogos sujeitam à sua interpretação privada declaram eternamente que a misericórdia de Deus é de eternidade a eternidade5.
Ó meus amados, a minha vida na Galiléia não foi sacrificial mas sim sacramental. Foi uma oferta feita de livre vontade a Deus, e que vós também fareis um dia (e alguns já começaram este processo) como parte da vossa viagem de regresso ao coração de Deus.
O abençoado Hilarion, quando encarnado como o Apóstolo Paulo, compreendeu claramente a questão das obras do homem – tanto o seu carma positivo como o negativo – pois as viu serem julgadas na prova do fogo quando declarou:

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“A obra [carma] de cada um se manifestará: porque o dia [a ‘Estrela d’Alva’6, o Sol resplandecente da Presença do EU SOU] a demonstrará. Pelo fogo [espiritual] será revelada; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá perda; o tal será salvo, todavia, como pelo fogo [sagrado].”7
Só os padrões sem proveito do carma, as vestes tecidas imperfeitamente com energias corrompidas, tais como os cardos do ódio humano e formas-pensamento de vingança, bem como o barro moldado sem a beleza crística capaz de agradar ao Oleiro Eterno é que são rejeitados.
Os abençoados átomos que sacrificam temporária e amorosamente as suas vidas para compor e manter coesas, por vezes durante éons, essas opacidades disformes criadas pelos humanos no homem e na Natureza, não devem ser culpados pelos erros e experiências desajeitadas dos aprendizes da grande Escola de Deus – onde a vida, como Deus, determinou que ondas (partículas) de energia obedecessem às ordens dos Seus filhos empenhados na grande experiência do livre-arbítrio.
Embora não pareça ser assim, se os estudantes da escola da Terra conhecessem o plano divino ou tivessem sido persuadidos, com a convicção da certeza divina, do propósito mais nobre que há na Vida, eles não continuariam a trazer até a porta do templo da Vida qualquer criação que não fosse uma perfeita obra de arte. Além disso, ajudá-los-íamos a produzir tais obras de perfeição – como ajudaremos a vós – se ao menos pedissem o nosso auxílio8.
Quando exclamei: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem!”9 falava não apenas para a multidão presente naquele momento, mas também para todos os que evoluiriam no planeta até o dia de hoje.

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Como se pode esperar que o eu humano, tão frequentemente moldado em imagens de imperfeição e oprimido pelas suas próprias discórdias e opacidades (isto é, pelo carma), se sujeite ou responda aos apelos da perfeição? Não disse eu: “Colhem-se uvas dos espinheiros ou colhem-se figos dos abrolhos?”10
É raro, portanto, que os apelos dirigidos ao homem externo produzam a resposta vencedora, exceto quando esse homem, como tecelão da veste da sua alma, tenha sabiamente integrado na sua natureza muita devoção e amor; porque assim ele responderá espontânea, natural e rapidamente à verdade de que “EU SOU a Luz do mundo”11.
Dirigi os vossos apelos, portanto, ao Santo Cristo Pessoal dos homens, a não ser quando as pessoas expressarem uma vontade natural de aprender. Só então deveis dar-lhes as nossas palavras e ensinamentos, que são cálices que a todos levam luz e salvação.
Os mais sábios da Terra têm muito a aprender. Eu próprio recebi no templo12 todas as iniciações dos principiantes, embora desde o começo da minha encarnação na Galiléia os sábios soubessem que eu seria considerado mais sábio do que os doutores e sábios daquele tempo. Ensinei continuamente de que quem deseja ser grande tem de ser o servo de todos13. Tal como foi dito, um grande chefe só se coloca acima dos seus seguidores quando se trata de assumir responsabilidades.
Quando invocais com toda a intensidade do ser a vossa perfeição na Luz, acreditando no amado vitória quando ele vos diz que a vossa vitória é possível hoje mesmo – só então a tornai possível!
A comunhão conosco tem de ser no nosso nível, compreendeis? Nós não podemos entrar em comunhão com o variável eu externo, que muda conforme a temperatura do dia, e que durante a maior parte do tempo é indeciso14. Nós apelamos para a vossa alma e a alcançamos através do vosso Santo Cristo Pessoal. E, acreditai-me, é assim que o fazemos agora mesmo.

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Sim, porque esta dádiva santificada da personalidade concedida através do Filho de Deus – representado pelo vosso Santo Cristo Pessoal, que é o ‘Sol da Justiça’ brilhando com a sua força no templo do vosso ser15 – desceu da vossa Presença do EU SOU para atuar como mediador, para elevar-vos ao cumprimento do vosso destino divino. O Santo Cristo Pessoal tem o poder de alcançar, não apenas a vossa mente e ser externos, mas também a mente e psique de cada ser humano na Terra – assim como a de todos eles! Não podem protestar contra isso nem se opor à sua ação, porque as suas correntes vitais fluem também por meio do Cristo único, que é o Senhor de tudo.
Enaltecei o Cristo Pessoal em todas as almas, e ensinai-lhes a verdadeira comunhão dos santos, para que possam compreender que a Presença Divina de cada um é uma só com todas as outras manifestações da Presença do EU SOU – em mundos sem fim.
Ensinai-lhes a fé simples na eterna Presença, cujos braços perpétuos as envolvem por intermédio do seu Santo Cristo Pessoal – fazendo ressurgir os seus pensamentos, as suas mentes, os seus mundos, as suas atividades, até mesmo as suas formas físicas, de uma prisão de pedra (a dúvida e medo humanos solidificados) para um mundo onde não dizemos: “Eu penso, eu creio, eu quero, eu tenho”, mas declaramos com o Pai: “Eu sei, porque EU SOU!”.
Como anseio receber-vos nessa Sagrada Comunhão com a vossa Presença do EU SOU, que deveríeis manter diariamente em memória de mim16 – eu que sou um com (o “EU SOU” em mim que é um com) da vossa natureza será separado do trigo (boas palavras e obras) porque o tereis desejado, como também eu o desejo. Porque “Na mão a pá Ele tem, e limpará [purificará] a Sua eira [a vossa consciência]17”.

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Ao longo de todos os ciclos eternos, a semente, ou idéia divina, da alma é plantada na expressa esperança que seja multiplicada e colhyida, de que, pela refinação do calor (fogo sagrado), ela possa tornar-se um pão sacramental tal como eu fiz a declarar a todos: EU SOU o pão que veio do céu... Tomai, comei, este é o meu Corpo de substância eternamente purificada, moldada voluntária e conscientemente à imagem do Pai18.
Esta Vida a que chamais vossa, fluindo nas vossas veias, é na verdade o vinho consagrado do Pai que Ele sacrificou (santificou) para vós ao colocar a essência da Sua própria Presença no seu âmago. O Pai não requer sofrimento ou prejuízo, a não ser a renúncia àquilo que é irreal, mas dá-vos o Seu amor e domínio temporal sobre o lote que vos cabe da Sua Vida.
É este o Seu plano divino, concebido de forma a que possais, por opção própria, aprender a beber sabiamente do cálice e, assim, entrardes por vosso livre-arbítrio no vosso domínio e unidade eternos com Ele. Sim, porque com a vossa autorização, Ele, atuando em vós tal como atua em nós, santificar-vos-á com a dádiva do Seu amor e eterna amizade na Vida perpétua.
Todos os estudantes que desejam beber do meu cálice, porque desejam ser instrutores de homens)19, invocarão certamente a implementação total da Lei do Amor que nós, os Mestres Ascensos, oferecemos. Assim, pelo nosso poder transformador, eles beberão verdadeiramente essa Comunhão que torna cada comungante a mesma manifestação do Filho de Deus que EU SOU.
A esta mesa sois bem-vindos eternamente, irmão e irmã de Luz. De novo digo: Vem..., tome de graça da água da Vida!20
EU SOU o vosso guia,
um só com o vosso Santo Cristo Pessoal

Jesus, o Cristo

Fonte: págs. 13-21, do livro “Universidade do Espírito” Lições práticas para o autoconhecimento e aprendizado das leis cósmicas; Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, São Paulo: Editora Summit Lighthouse do Brasil, 2001

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